quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Quanto tempo leva para um CRM ser implantado e dar algum resultado?

Um projeto de CRM é algo que deve ser muito bem planejado, pois deve ser aprimorado a atualizado sempre, não tem fim. Querer resultado rápido é ter um benefício momentâneo que fará o CRM fracassar. Há alguns anos, muitas empresas resolveram aderir ao "Sistema de CRM" e, por falta de conhecimento, planejamento e objetivos fracassaram. Entenda maioria por algo em torno de 70 % dos projetos. Para chegarmos a um prazo de quanto tempo leva para implantar ou ter retorno do projeto, devemos levar em conta alguns pilares de CRM:

:: Processo de negócio: Qualquer empresa que deseja ter um CRM deve melhorar seu processo de negócio e focar principalmente no atendimento ao cliente. Rever os processos de vendas e marketing leva tempo.

:: Pessoas: Por menor que seja uma empresa, todos os funcionários devem entender o que é um projeto de CRM, querer usar e participar do desenvolvimento. Imagine seus funcionários ou você mesmo, registrando todos os eventos que você faz em um sistema. Isso deve ser uma rotina com o CRM. Sem dados e informações, as quais devem ser sempre atualizadas, o CRM morre.

:: Software: Já implantei muitos sistemas de ERP\CRM e uma implantação leva no mínimo 90 dias para começar a usar, além de ter o processo como hábito e ajustes necessários. Menos de três meses é loucura, atropela todo o planejamento. Empresas médias, levam em média seis meses para implantar um CRM e começar a ter resultados.

:: Cultura da empresa: Todas as pessoas da empresa devem estar dispostas a participar, entender como funciona e porque estão fazendo isso! Desde o porteiro até o presidente.

:: Planejamento: Sem um planejamento e objetivos, você vai desperdiçar tempo e dinheiro. É importante ter um rumo no CRM, o foco principal é o cliente, mas qual seu objetivo.

Fidelizar seus clientes mais importantes? Conseguir 50 novos clientes importantes com um bom perfil? Diminuir reclamações no atendimento? Implantar um programa de fidelizade. E se você já tem algum objetivo, incluir índices ou indicadores de como deve ficar os valores, por exemplo:

- Reclamações não podem ultrapassar 5% das vendas.
- A cada semana devem ser prospectados três clientes por vendedor.
- Registrar no CRM duas visitas por semana de cada representante.
- Gerar por mês, 10.000,00 em novas propostas.
- Reduzir o tempo de venda (funil), para x meses ou dias.

:: Gestão de Clientes: Para utilizar bem um sistema de CRM é necessário conhecer uma metodologia de gestão de clientes e colocá-la em prática. Isto quer dizer, revisar os cadastros de clientes, segmentá-los em grupos, rever canais de atendimento, melhorias possíveis, interagir com os clientes e personalizar serviços.

Levado em conta estes pilares podemos ter algumas conclusões
1 - O tempo para implantar um CRM depende do objetivo, planejamento e atitude da empresa. Empresas menores podem ter mais flexibilidade com isto, porém, não quer dizer que porque são menores pode ser feito em menos tempo. Três meses para se ter os primeiros resultados e olhe lá. Lembre-se que existem resultados a curto, médio e longo prazo.

2 - O processo nunca termina, CRM é Gestão de clientes, o nome já diz. Gerenciamento do Relacionamento dos Clientes deve ser atualizado e melhorado sempre.

3 - A principal questão em um projeto de CRM são as pessoas que vão trabalhar nele. Elas devem participar do planejamento, pois são elas os utilizadores do sistema e quem atende o cliente. Também são eles que inserem as informações, se eles não aderirem a idéia.

4 - Empresas menores podem aderir a cultura de gestão de clientes antes de terem um CRM. Foco no cliente não requer sistema, no começo, depois que a empresa cresce fica inviável controlar isto em planilhas ou no papel.

5 - Hoje a gestão de clientes não é mais diferencial das empresas, é uma obrigação e também uma oportunidade de negócio.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Ferramentas para utilizar na Inteligência de Mercado

Estas duas ferramentas mencionadas abaixo, sao faceis e também gratuitas:


1) Construção do questionário: Google Docs -> Questionário - docs.google.com
2) Análise dos dados: -> software R Language (www.r-project.org) (FREE)

Em cada etapa existem cadgets ou mesmo outros softwares que poderiam facilitar nossa vida, então depende de quanto a empresa está disposta a investir. Por exemplo, um PDA online pode preencher a planilha do Google Docs. O Excel com complemento de Análise Estatística pode ajudar na parte analítica, e assim por diante.

O essencial é definir bem cada etapa e fazer as conclusões adequadas com suas salvaguardas pertinentes.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Quais são as ferramentas mais usadas pelas empresas de Inteligência de Mercado?

A empresa que estuda minuciosamente o comportamento do seu cliente e analisa os dados de forma integrada está em vantagem no atual cenário competitivo. Companhias que utilizam ferramentas de inteligência de mercado conhecem o real significado e os resultados que podem trazer. Esses verdadeiros sistemas de inteligência têm a função de traçar um panorama preciso e, de forma sincronizada, podem fornecer elementos valiosos para a elaboração de uma estratégia.

E há muitas delas disponíveis no mercado. “São várias as ferramentas que podem ser usadas para auxiliar profissionais na condução de práticas de Inteligência. Existem ferramentas que irão apoiar a aplicação de uma ou algumas das fases do Ciclo de Inteligência da empresa: Planejamento/Vigilância; Coleta; Estruturação/Proteção; Análise; Disseminação; Mensuração dos resultados”, explica Armelle Decaup, especialista em Inteligência de Mercado e membro do Conselho Deliberativo do Ibramerc.

Essas ferramentas podem ser analíticas, de criação de dinâmicas, de coleta, tecnológicas, entre outras, e visam a organização e a gestão do trabalho do profissional de Inteligência. No que diz respeito a ferramentas tecnológicas, de nada adianta adotá-las se a cultura de Inteligência não tiver sido estabelecida anteriormente na empresa. Segundo Armelle, os primeiros ciclos de Inteligência podem “rodar” sem a necessidade de tecnologia. “A tecnologia é o segundo passo. A cultura de Inteligência precisa ter sido estabelecida. Isto é valido para qualquer outra filosofia estratégica. Se a cultura não tiver sido estabelecida preliminarmente, a tecnologia só irá gerar frustrações e desperdícios de recursos, pois não será usada de maneira apropriada”, diz.

E essa cultura já está bem estabelecida no Grupo Boticário. Victor Acquaviva, coordenador de Inteligência de Mercado da empresa conta que, para a companhia, as ferramentas são meios para atingir objetivos. “Ferramentas facilitam muito o trabalho, otimizando tempo e recursos, logo, haverá mais eficiência na entrega de recomendações para a tomada de decisão”, revela. Acquaviva ressalta ainda quais são as ferramentas tecnológicas e analíticas utilizadas pelo departamento atualmente. “Possuímos diversas ferramentas como coleta de dados primários, Geomarketing, alertas, robôs de busca, War-Games, além das metodologias mais tradicionais para análises específicas, Four Corner, 4Ps, 5 Forças, etc.”.

Já Rodrigo Moreira da Costa, analista de Inteligência de Mercado da Votorantim Metais conta que o uso de ferramentas tecnológicas pelo departamento ainda está em um processo inicial. “De início, não optamos por uma ferramenta de mercado e sim por uma metodologia chamada ‘Inteligência Coletiva’. Envolvemos toda área de foco do projeto, informando sempre, disseminando o que está acontecendo para que possamos desenvolver uma ferramenta estruturada, objetiva e customizada. É o que estamos desenvolvendo hoje de acordo com a nossa cultura e estratégia”, esclarece.

FERRAMENTAS MAIS USADAS

Segundo Armelle, as ferramentas tecnológicas mais utilizadas pelas empresas são, em sua maioria, estatísticas, quantitativas, de mineração de texto e de dados, clipping de notícias. Mas a extração das informações mais relevantes, que estão na própria rede de informantes e de analistas, é pouco explorada.

E nem sempre são necessários grandes investimentos para incorporar uma ferramenta tecnológica de inteligência. “Ferramentas abertas tais como Google Alerts, RSS e as ferramentas de monitoramento específico do Twitter (Twilert e TweetBeep) são gratuitas e já podem permitir a captação de informações valiosas de acordo com uma taxonomia relevante para o Analista de Inteligência. Multi buscadores (multi-search engines) podem ser usados a fim de ter um maior grau de assertividade e de riqueza no levantamento de informações online já que esses motores de busca permitem uma busca de informações explorando os bancos de dados repertoriados em vários outros motores de busca. Exemplos desses multi buscadores são Dogpile e MetaCrawler”, cita Armelle.

Na visão de Armelle, a “parte submersa” da web é também uma mina de ouro de informações pouco explorada. “Motores de busca tradicionais e diretórios não captam informações neste chamado ‘web invisível’. É estimado que esta parte da web é 500 vezes maior do que a parte “visível”. O site Direct Search e o Invisible Web Directory fornecem guias de busca neste universo. Outras ferramentas de web pagas, como a, especializada em Text Mining e contextualização de informações, podem ser interessantes nas atividades de Inteligência da empresa sem a necessidade de adquirir uma plataforma.

Ela ainda acredita que novas tendências ainda podem surgir e ganhar a preferência dos profissionais desse mercado. “A tendência agora é que apareçam mais agregadores de serviços, por exemplo, o flipboard para iPad que reúne Google Alerts, RSS, redes sociais num único serviço”.

Mas vale destacar as ferramentas analíticas. Dessas o profissional de Inteligência não pode esquecer, pois é graças ao uso de tais ferramentas que informações são transformadas em Inteligência efetivamente. “A aplicação dessas ferramentas junto com a rede são os mecanismos através do qual a Inteligência é gerada. Sendo assim, uma das principais competências a ser desenvolvida pelo profissional de Inteligência é o domínio dessas ferramentas e a condução da aplicação delas com a rede. Essas ferramentas podem ser estratégicas, situacionais, competitivas, financeiras, de valor percebido, etc. E para aplicar essas ferramentas, não há tecnologia que substitua a mente humana. Ao meu ver, a Inteligência é uma arte coletiva e não uma ciência individual”, ressalta Armelle.

RESULTADOS

O melhor disso é que os resultados são bastante mensuráveis, o que justifica o investimento. No Grupo Boticário não foi diferente, com a ajuda da ferramenta, o departamento da empresa já colheu bons frutos. “Já descobrimos lançamentos dos concorrentes com antecedência o suficiente para desenvolver um plano de ação e implementá-lo. Direcionamos investimentos (mídia, lançamentos) para locais identificados pela área de inteligência. Aceleramos o plano de expansão em algumas regiões, entre outros”, fala Victor Acquaviva.

André Muranaka, gerente de Inteligência de Mercado de uma empresa do segmento farmacêutico conta que, além de resultados, as ferramentas puderam agregar bastante no trabalho realizado pelo departamento. “A principal vantagem é o fato de não termos que realizar milhares de consultas todos os meses. Investimos o tempo junto com nossos clientes internos entendendo suas necessidades e analisando os relatórios que a ferramenta nos fornece”, conta.

Armelle ainda numerou alguns dos resultados que as ferramentas podem trazer:

Coleta eficaz - Desde que as fontes seja bem definidas eles trazem a informação com confiança.
Análise eficiente - Embora somente profissionais podem fazer o processo analítico para transformar informações em Inteligência, ferramentas podem ajudar a automatizar pelo menos a construção dos instrumentos analíticos de técnicas analíticas.
Disseminação – O processo de disseminação da Inteligência deve ser algo customizado através de um mix de comunicação adequado. Uma ferramenta pode ajudar neste processo.
Colaboração – A principal função deveria ser do acionamento das redes envolvidas no Ciclo de Inteligência da empresa.

A implementação de ferramentas de inteligência independe do segmento, pode ser usada por qualquer empresa. “Acredito que todos os segmentos demandam informação para a tomada de decisão. Porém, alguns segmentos estão mais avançados em função de ter quantidade maior de informações disponíveis, como é o caso do segmento de Telecom e Farmacêutico”, completa Victor Acquaviva.

Mas as empresas que ainda não utilizam ferramentas de inteligência deveriam usar? “A melhor resposta é fazer uma pergunta: Você sairia para viajar de carro com sua família sem saber quantos quilômetros percorrerá? Sem saber quantos litros de combustível possuem no tanque? Sem saber quanto de dinheiro ou de limite no seu cartão de crédito que você possui?”, brinca André Muranaka.

Glossário de Ferramentas de Inteligência de Mercado

Você sabe o significado das ferramentas citadas na matéria que é destaque deste mês. Não? Aqui você encontrará um breve resumo do significado de cada uma delas. Confira!

Geomarketing - É uma abordagem que permite a análise das variáveis relevantes para o Marketing através da visualização desses dados em mapas geográficos.

Robôs de Busca - Robôs de busca são sistemas que varrem web em busca de determinados tipos de informação e a partir delas, alimentam sua base de dados de indexação.

War-Games - são utilizados pelas empresas para antecipar os movimentos dos concorrentes e para saberem se suas estratégias darão resultados, lhes dando uma visão de como deverão desenvolvê-las para saber de fato se resistirão também aos ataques dos concorrentes, utilizando táticas de defesas e desenvolvimento da estratégia correta para o contra-ataque

4Ps - Produto, Promoção, Praça e Preço. O modelo expressa o seguinte raciocí¬nio: As empresas produzem um determinado produto, este é alvo de uma promoção, que tem por objetivo comunicar, informar o consumidor sua disponibilidade em um ponto de venda, ou local, a um determinado preço.

5 Forças de Porter - Considera cinco factores, as "forças" competitivas, que devem ser estudados para que se possa desenvolver uma estratégia empresarial eficiente. Porter refere-se a essas forças como microambiente, em contraste com o termo mais geral macroambiente.

multi-search engines - Podem ser usados a fim de ter um maior grau de assertividade e de riqueza no levantamento de informações online.

flipboard para Ipad - Consiste em aglomerar conteúdos, notícias e feeds do Twitter e Facebook numa única aplicação apresentado em um layout muito próximo a uma revista.

Google Alerts - São atualizações por e-mail sobre os resultados relevantes mais recentes (web, notícias, etc.) com base nos termos ou tópicos que você definir.

RSS - A tecnologia do RSS permite aos usuários da internet se inscreverem em sites que fornecem "feeds" RSS. Estes são tipicamente sites que mudam ou atualizam o seu conteúdo regularmente. Para isso, são utilizados Feeds RSS que recebem estas atualizações, desta maneira o utilizador pode permanecer informado de diversas atualizações em diversos sites sem precisar visitá-los um a um.

Text mining - é definido como um processo que utiliza métodos para navegar, organizar, achar e descobrir informação em bases textuais escritas em linguagem natural. Com text mining é possível manipular mais facilmente informações não estruturadas como notícias, textos em websites, blogs e documentos em geral.

Direct Search e Invisible Web Directory – São sites que fornecem guias de busca para a “web invisível. É invisível, porque os motores de pesquisa não são capazes de a indexar porque os sítios desta não apresentam a informação no texto corrido de uma página HTML. O seu conteúdo encontra-se frequentemente oculto dentro de bases de dados e a única maneira de delas extrair informação é interrogá-las, respeitando a sua sintaxe de interrogação, o que os motores de pesquisa não "sabem" fazer.