Se medidas funcionarem, bolsa pode sofrer, mas mercado já encontra meios de driblar o IOF
Alegando evitar a valorização excessiva do real e a formação de uma bolha no mercado de capitais, o governo decidiu taxar em 2% o capital estrangeiro que chega ao Brasil. De imediato, a medida derrubou a bolsa e elevou o dólar, mas esse movimento durou pouco. Não tardou para o mercado encontrar formas de driblar a cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). As operações de day-trade, por exemplo, seguem isentas do tributo, assim como negociações envolvendo American Depositary Receipts (ADRs - papéis que representam ações de empresas brasileiras na Bolsa de Nova York). A BM&FBovespa considerou a medida equivocada, e promete trabalhar para reverter esse quadro. A insegurança gerada pela medida, entretanto, não deve se dissipar tão cedo. O mercado teme novas ações para conter o câmbio. O próprio ministro da Fazenda, Guido Mantega, acenou com medidas complementares, e se diz aberto a propostas. Para especialistas, se as medidas funcionarem, a bolsa poderá sofrer.
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